Como estruturar uma dança solo!!!!!
Dicas de como Estruturar uma Dança Solo
Por Perla Amabile
Para atingir o auge na dança, o primeiro passo é entender que a mente é a nossa maior influência.
Isso mesmo! Com uma mente tranqüila e com confiança em sua capacidade de fazer o melhor, dançar passa a ser uma ação espontânea e natural. Quando encontramos nossa essência dentro da dança, conquistamos a superação dos nossos bloqueios e nos envolvemos de corpo e alma. Este é o sublime encontro do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.
Por isso, ao realizar um show, seja com música ao vivo, palco, festas etc, a sua mente deve estar leve, tranqüila, concentrada e confiante! Assim, você com certeza se conectará 100% com a música e com o seu espectador, transmitindo vibrações positivas e criando um vínculo astral com quem está lhe apreciando!
Coreografia não, estrutura!
Não quero fazer apologia contra “coreografias”. Mas, a dança do ventre não é uma modalidade restritamente técnica, na qual a bailarina desenvolve coreografias mirabolantes, decorando cada detalhe como se fosse regra.
Ao se preocupar em demasia com as coreografias pré-elaboradas, muitas vezes a bailarina esquece-se do verdadeiro sentido da dança do ventre: deixar fluir sua energia; usar o corpo como ferramenta de autoconhecimento e comunicação entre ela e o mundo.
Exige, sim, um conjunto de fatores que priorizam sempre a entrega, a interpretação e o sentimento. Isso a gente só alcança quando se solta e se integra à música. Por isso, a regra número um ao montar uma dança solo é escolher uma música que toque seu coração e fazer parte dela como se o seu corpo fosse um dos instrumentos! Dê preferência para as músicas clássicas, que são especialmente desenvolvidas para o show de uma bailarina. Elas oferecem uma variedade incrível de ritmos, oscilações melódicas e riqueza de instrumentos, proporcionando à bailarina a oportunidade de demonstrar variedade de interpretação e técnica.
Portanto, a maneira mais eficaz de desenvolver uma dança harmônica não é decorando coreografias, mas sim improvisando uma dança estruturada. Explico: quando falo sobre improvisar não significa que você deve escolher uma música qualquer e sair dançando sem pensar. Improvisar é deixar fluir sim, mas com uma estrutura pré-definida! Ou seja, estudar antes de dançar, para que assim você possa se soltar com segurança, fazendo com que seus movimentos desenhem a melodia, sem necessidade de coreografar a música toda!
Para isso, é preciso seguir alguns itens básicos, a fim de estruturar a dança na mente, antes de realizá-la com o corpo:
1. Ouvir “mil e uma vezes” a música, reconhecendo suas diversas fases, decorando marcações, pausas e nuances melódicos. Cantar a música na mente, como se ela já fizesse parte de você.
2. Analisar o público e o tipo de ambiente em que estará se apresentando, a fim de poder definir se é possível ou não usar certos tipos de instrumento, folclores etc.
3. Após ter decorado a música, fragmente-a em diferentes fases, para que seja possível expressar e dançar cada uma delas de forma diferente. Tudo isso para que cada parte da música “conte uma história” diferente, evitando a linearidade da expressão e dos movimentos; fazendo com que você expresse diferentes emoções durante sua apresentação. Tente reconhecer as seguintes fases: entrada (apresentação), um momento de introspecção, um momento de integração com o público, um “ápice da música”, a finalização.
4. Depois de fragmentar cada parte da música, comece definindo como será sua entrada! Coreografe alguns trechos, ou utilize seqüências pré-elaboradas.
5. Defina, agora, em qual momento da música cabe um desafio (um passo mais elaborado, por exemplo)! Lembrando sempre de dominar aquilo que faz! Algo que seja sua marca registrada. Surpreenda o público de alguma forma, quebrando o óbvio.
6. Defina um momento de introspecção (deixe seus sentimentos à flor da pele! Dance para si mesma!).
7. Decore e coreografe os momentos de transição entre as fases da música (ex: de uma entrada para um saidi, de uma introspecção para um solo de derbake etc). Defina poses, marcações e até mesmo onde você deve estar nestes momentos de transição (centralize no palco, de preferência).
8. Defina um momento para colocar um toque especial na sua dança, usando e abusando da sua graciosidade e simpatia. Este é o momento de interagir com o público!
9. Finalização: crie uma pose de impacto (caso a música tenha uma marcação final) ou elabore um final acompanhando a melodia (caso a música acabe abaixando, aos poucos). De preferência, opte por poses de impacto! Pare alguns segundos na pose antes de sair e, por fim, agradeça ao público (ou à banda).
Pronto, agora que você já montou os principais tópicos da dança, deixe o resto da música fluir naturalmente. Dance várias vezes até se sentir segura e preparada! Coloque seu estilo próprio sem medo de ser feliz! Confie no seu trabalho e dance com muito AMOR! Quando a gente dança com amor, o resultado sempre é positivo!
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