Bailarina Homenageada da semana: Yoli Mendez!!


Meu nome é Simone Paggioli, mas a maioria das pessoas me conhecem como Yoli. Posso não aparentar, mas recém cumpri 31 anos e o pedido da querida Diani por um resumo sobre a minha carreira como bailarina me fez parar um pouco para pensar neste percurso todo. Muito obrigada Diani.


Bom, minha paixão pelo tribal nasceu quando ingressei em uma turma de dança do ventre que estava se iniciando no recém-nascido estúdio de dança LpontoA inaugurado pela minha professora de jazz Luciene Almeida, santa esta que que me atura desde os 12anos de idade. Ela me pediu que fizesse parte da turma ainda pequena para incentivar a inscrição de novas bailarinas e para que eu conhecesse um outro estilo de dança. Confesso que a princípio não gostei muito da ideia mas como sempre fui a favor dos estudos e como simpatizei bastante com a professora passei a frequentar às aulas 2 vezes por semana. Se a Lú soubesse que me perderia como membro do grupo de jazz que mantinhamos há anos...
Ana Karina não era uma professora comum de dança do ventre (me dei conta disso três anos mais tarde quando já me especializando no tribal retornei às aulas de DV), suas aulas eram regadas de muita dança indiana e seu repertório de passos incluía algumas coisas "anormais" para uma tradicional aula de dança do ventre (também só vim me dar conta disso depois) e em todas as aulas sentávamos no cão em círculo e tinhamos treinamento pesado com snujs. Algumas aulas depois eu estava completamente deslumbrada, passei a me dedicar ao máximo, devorarando tudo sobre o estilo, baixando músicas árabes, caçando vídeos no youtube, fuçando as comunidades do orkut, visitando a loja do Tony Mouzayek e, deixando meu antigo grupo de dança moderna para me dedicar à dança do ventre. Eu tinha certeza que tinha encontrado minha vocação! Foi então que em um destes "momentos de obsessão" me deparei com um DVD do BellyDance SuperStars e nele estava Rachel Brice! Acho que nem preciso continuar relatando o que aconteceu comigo, pois com certeza o mesmo aconteceu com a maioria das bailarinas que hoje se dedicam unicamente o Tribal Fusion. Completamente hiperventilada fui questionar a minha professora "anormal" de Dança do Ventre, que calmamente me explicou que aquele estilo de chamava Tribal e que tinha se originado do ATS que por sua vez tinha sido criado pela SUA professora Carolena Nericio em São Francisco, EUA. E hoje em dia me dei conta que, aqueles passos "incomuns" que ela passava nas aulas de dança do ventre, eram movimentos básicos de ATS que ela tinha aprendido com a mãe do tribal que foi sua professora por 5 anos na Califórnia. Resumindo: Eu já estudava tribal mesmo sem saber que era tribal! Acho que daí pra frente as coisas no mundo da dança para mim começaram a dar certo, eu me senti bem, me senti motivada, me senti... não sei explicar... aquela sensação de "é isso que eu quero fazer pro resto da vida!" e agora aquela obsessão pela dança do ventre se voltava para o tribal.
Foi difícil encontrar uma professora com conhecimento legal no estilo em 2009, e pesquisando um monte acabei por me tornar aluna da Mariana Quadros na escola Bele Fusco em São Bernardo. Neste mesmo ano em São Paulo pude estudar com Sharon Kihara, Mardi Love e Ariellah no evento produzido pela mesma escola em São Bernardo. A partir desde ponto estudei e procuro estudar sempre que posso com todas as bailarinas gringas que aparecem pelo nosso país e tenho a minha mestra gringa de coração: Mira Betz. Também em 2009 e através do tribal conheci Gabriela Miranda que passou a ser minha mestra, inspiração, amiga e amor. Com ela estudo regularmente até hoje na Escola Campo das Tribos e posso dizer que é umas das mais experientes profissionais em tribal fusion que temos atualmente em São Paulo, e quem é aluna dela vai concordar comigo. Com a Gabi aprendi muito sobre música, expressão, união, intenção e foco, história do tribal, além é claro da técnica.
Voltei então às aulas de DV com a magnífica Mahaila El Helwa e estudo Neo Tribal com Luy Romero.
Bom para finalizar, atualmente sou integrante da "Cia de Dança DSA - Dancer South América", dirigida por Adriana Bele Fusco e Roger Amaral, fui membro do grupo de ATS " Pandora" criada em dirigida por Mariana Quadros, participei como jurada do concurso tribal da revista Shimmie e sou uma bailarina de tribal com fobia à solos, rs! Verdade, ainda não consegui passar todos estes anos de estudo para o palco como solista o tanto que eu gostaria! Eu particularmente amo dançar em grupo, principalmente ATS, onde o espírito de tribo e a amizade sincera são características fundamentais para fazer "a coisa dar certo", se não houver esses dois elementos não rola! O Tribal tem uma história muito linda, muito intensa, muito interessante, e eu fico triste porque não é difícil encontrar pessoas se dizendo "profissionais" que não se interessam em saber a raiz da dança que passam adiante, quando ainda não ensinam errado ou incompleto.
Minhas indicações de professores são: No Brasil não podemos perder a oportunidade de estudar com Gabriela Miranda, Kilma Farias, Mariana Quadros, Cibelle Souza e Karina Leiro (manda um flamenco de te deixar pasmada, rs). Outras duas profissionais com quem não fiz aulas mas sei que sabem o que faz são: Rebeca Pineiro e Paula Braz. Das internacionais fica difícil escolher uma só, acho que se você tem oportunidade de poder estudar com as pessoas que fizeram parte do início do tribal na fonte, se joga! Minha preferida é a Mira Betz, uma profe bem conceitual que com certeza muda sua vida, eu disse VIDA e não só a dança. Ariellah também é uma profe bem conceitual, Lady Fred, Mardi Love, Sharon Kihara, Morgana, Moria Chapell, Kami Liddle são ótimas também cada uma em seu estilo. Sonia Ochoa é espetacular nas fusões latinas, amei fazer aula com ela!
Por fim, a dica que eu deixo para todas as bailarinas, não importa o estilo que estudem é: Se questionem sempre!! Porque eu danço, qual é a história da dança que eu estudo, porque eu uso este figurino, porque escolhi essa música, porque eu estudo com esse professor, com quem meu professor aprendeu o que ele me ensina, etc... Às vezes nós brincamos de seguir o mestre sem nos darmos conta! 
Beijinhos a todas e obrigada Diani pela oportunidade!!


Texto escrito por Yoli Mendez!!

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