SOLO DE TABLA ÁRABE ( O TACKSIM )
Destinado em sua
totalidade para execução das danças árabes, o solo de Tabla Árabe possui alto
grau de importância dentro da esfera do Middle Easter (Oriente Médio). Veremos
que existem solos específicos para ocasiões específicas. Obviamente, é
praticamente impossível falarmos de percussão árabe sem fazermos alusão à Dança
do Ventre. Percussão e Dança do Ventre estão intrinsecamente ligados, e é por
isso que comumente vemos bailarinas que também são derbakistas.
Em verdade toda bailarina
é intuitivamente uma percussionista, justamente tanto pelos Snujs, amplamente
tocado nas danças, quanto pela necessidade de se familiarizar com os ritmos
árabes para bem executar a arte da dança .
Feita essas considerações,
façamos agora uma pergunta: O que uma Bailarina de Dança do Ventre espera de um
solo de Derbake ? Obviamente que seja riquíssimo em ritmos e variações para que
ela possa mostrar seus conhecimentos na arte da Dança. Dessa maneira, o
percussionista tem a responsabilidade de fornecer subsídios à bailarina para
que esta assim possa se apresentar . É por isso que corretamente vemos
expressões pontificando a necessidade de uma perfeita sintonia harmoniosa entre
percussionista e bailarina. O problema é como e de que forma fornecer tais subsídios.
Existem algumas regras
básicas que um percussionista deve ter em mente para apresentar um belo solo de
Derbake.
Primeiramente deve-se
evitar abusos em enfeites que devem sempre ser realizados em momento oportuno.
Isso vale tanto para um solo de derbake, como para um acompanhamento musical.
Deve-se prestar atenção no
compasso inicial de seu solo. É muito comum observar percussionistas que
iniciam um determinado solo e gradativamente vão aumentando a velocidade
inicial. Geralmente tal erro acontece com quem abusa nos enfeites.
Tocar de forma muito
acelerada também é um erro bastante comum e grave. Criou-se erroneamente, um
certo dilema que todo bom percussionista árabe é aquele que toca com extrema
rapidez. Na realidade, o bom percussionista árabe é aquele que toca
conscientemente, sentindo a sua percussão e passando nela sua emoção que será
transmitida de imediato à Bailarina que estiver se apresentando sob tal solo.
Formas de Solo:
Todo solo de Tabla Árabe é
fruto de uma improvisação criada exclusivamente pelo percussionista. É o que
chamamos de Taksim Tabla, ou seja, uma improvisação "melódica" feita
através das batidas rítmicas da Tabla Árabe.
Existem duas maneiras de
se apresentar um solo de Taksim: O Taksim solo sobre ritmos e o Taksim solo
livre.
O Taksim sobre ritmos
árabes é a improvisação realizada tendo como base um determinado ritmo ou
vários ritmos, feito por um segundo instrumento ( Tabla, Riqq, Dohollah,
Mazhar, etc ). Curiosamente, esse tipo de solo limita os movimentos da Bailarina
ao ritmo base. É por isso que essas composições devem apresentar uma
pluralidade rítmica sob pena de se transformar em algo monótono, com
improvisações repetidas e cansativas.
O Taksim sobre ritmos é
utilizado tanto nas apresentações de uma Bailarina quanto num grupo, durante
apresentação coreografada. Neste caso, deve-se diminuir tal pluralidade
rítmica, para não se potencializar grandes complexidades.
Já o Taksim solo ou
improvisação solo é aquela realizada somente pelo percussionista não tendo como
base nenhum ritmo. Impera grande complexidade onde percussionista e bailarina
devem estar em perfeita sintonia. Inúmeros ritmos e variações são apresentados
em um curto espaço de tempo, mesclados por vários enfeites improvisados.
Fonte de pesquisa: Vitor
Abud Hiar.
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